quinta-feira, março 15, 2018

Este Mistério que é Viver...


Não escrevi nada ontem, mas pensei no exemplo de um homem especial, como foi Stephen Hawking, que viveu praticamente os últimos cinquenta anos de vida, confinado a uma cadeira de rodas, e cada vez mais limitado de movimentos (a doença degenerativa de que padecia afecta sobretudo os músculos...), inclusive da expressão vocal.

Foi isso que fez com que usasse mais o cérebro que todos nós, tal como a "sentença de morte" ditada pela medicina (no começo da sua idade adulta davam-lhe no máximo mais cinco anos de vida...). O facto de ser uma pessoa optimista e com sentido de humor (todos os que o conheceram revelam esta sua faceta...) também deve ter ajudado, e muito...

Quando ele disse, «tentei fazer bom uso do meu tempo», ofereceu-nos um dos melhores conselhos, que alguém poderia dar. Porque cada vez temos mais dificuldades em seguir este bom princípio...

Escolhi este título, porque tenho vários amigos que já passaram - ou estão a passar a "barreira" dos oitenta -, e sinto que à medida que o tempo vai passando, mais eles se agarram à vida. Tentam deitar as múltiplas mazelas para trás das costas e aproveitar as coisas boas que a vida ainda lhes consegue oferecer...

Foi por eles e pelo Stephen, que escolhi o título, "Este Mistério que é Viver"...

(Fotografia de Luís Eme)

2 comentários:

  1. Luís, estes exemplos também me fazem lembrar o outro lado, aqueles que padecendo de doenças idênticas não têm as mesmas hipóteses de tratamento e de acompanhamento. A resiliência 'só' não chega.

    Uma das pessoas de que me lembrei foi do Zeca Afonso.
    A relatividade, num sentido um pouco diferente da teoria de Einstein, que fez anos ontem, leva-me a uma interpretação desapaixonada e a que não tenha heróis.

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    1. Claro, Isabel.

      Mas continuo a pensar que é preciso gostar muito de viver, para aceitar alguns dramas, neste caso físicos...

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