domingo, setembro 29, 2013

Duas Excepções na "Pátria do Futebol"

Enquanto o habitual "Benfica-Sporting", foi transferido para um "PS-PSD", na noite das Autárquicas, João Sousa tornou-se o primeiro tenista a vencer um torneio ATP (em Kuala Lumpar na Malásia) e o ciclista Rui Costa sagrou-se Campeão Mundial em Florença.


Parabéns aos dois, de um país que tão pouco fez para os merecer.


(As fotografias foram retiradas do site de "A Bola")

sábado, setembro 28, 2013

Almada, o Sol e as Telenovelas


Ontem foi dia do último episódio da telenovela, "Dancing Days", transmitida pela SIC.

Achei curiosa a escolha da Casa da Cerca e de Almada para a realização do casamento "gay" masculino da novela (e também de uma exposição de fotografia...).

Além de ter sido uma excelente aposta (este local é um dos mais aprazíveis de Almada), também dá algum ar de modernidade à Outra Banda e de respeito pela liberdade individual.

Claro que esta escolha também me recordou uma das primeiras  frases que um amigo me disse, quando lhe contei que tinha comprado casa em Almada.  Com um sorriso aberto disse-me: «tem cuidado, olha que em Almada até o Sol é paneleiro.»

Na altura não percebi bem o contexto da frase, embora lhe devolvesse o sorriso. Só algum tempo depois é que soube que um dos homossexuais mais conhecidos em Almada, chamava-se Sol...

sexta-feira, setembro 27, 2013

«Já estou com saudades do Mar.»


Ontem começaram a aparecer aquelas nuvens mais escurecidas e a Rita desabafou: «Já estou com saudades do Mar.»

Percebi que não era bem isso que ela queria dizer, estava com mais saudades do Sol e da praia que do Oceano. Mesmo assim, insisti: «Mas o Mar está logo ali, à saída da barra. Basta espreitares na Cova do Vapor ou na Cruz Quebrada, já tens Mar.»

Ela sorriu e abanou a cabeça, quase a querer dizer-me «és um bocado estúpido mas não és parvo de todo».

Também lhe confidenciei que já tinha saudades da chuva, tal como as ruas, que há tanto tempo viam a "cara lavada".

E para lhe fazer inveja, falei-lhe do cheiro inconfundível a terra molhada, que invade a minha rua, com os primeiros aguaceiros...

O óleo é de Joaquim Bastida.

quinta-feira, setembro 26, 2013

A Liberdade às Vezes Tem um Preço Demasiado Alto


Há muito a ideia que os "sem abrigo" são todos uns desgraçadinhos, desde velhos  e maluquinhos abandonados pelas famílias a toxicodependentes e alcoólicos, sem lugar onde "cair mortos", para além da rua, claro.

Para todos nós que vivemos uma vida aparentemente normal, faz-nos confusão que alguém possa abandonar o lar, para viver por aí sem eira nem beira, apenas em nome da sua liberdade individual. Ou seja, apenas para ser quem é, e não o que os querem que ele seja.

Há vários casos destes, de gente que prefere andar perdida pelas ruas da "Grande Cidade", a ter de cumprir regras e "obrigações", que não são as suas. 

É uma opção perigosa, porque a vagabundagem tem códigos e maneiras de sobreviver, que os podem afastar de vez do "nosso mundo".

Felizmente existem regressos. Eu conheço pelo menos dois que acabaram por ser bem sucedidos. Isso aconteceu por sorte, porque todos nós sabemos que o talento não é coisa que seja muito reconhecida, neste país de "espertalhaços"...

O óleo é de Óscar Bluemner.

quarta-feira, setembro 25, 2013

O Poder do Dinheiro pode Silenciar


«Os heróis deste tempo são os homens do dinheiro.»

Ainda tentei contrapor, mas o exemplo que me foi dado, silenciou-me.

Uma associação tinha feito anos e quatro pessoas com posses ofereceram donativos. Apesar de nunca terem feito nada de relevante pela colectividade, foram transformados nos "heróis" do noite, suplantando inclusive os três elementos que receberam o diploma de sócio de mérito, devido à sua "militância colectiva", à sua vontade de servir os outros durante décadas.

Ficou no ar que os donativos eram mais importantes que o trabalho voluntário de todos aqueles homens e mulheres, que continuavam a ser o verdadeiro motor daquela casa.

Foi por isso que ele resolveu aumentar o meu silêncio ao acrescentar: «Fica bem agradecer, mas não é preciso "lamber botas".»

E ainda foi mais longe: «todas as ajudas são bem vindas, mas dou mais valor a cinco euros dados por quem ganha o ordenado mínimo, que cem euros por quem ganha alguns milhares.»

O óleo é de Paula Rego.

segunda-feira, setembro 23, 2013

O Cabelo Apanhado


O calor não foge e as mulheres de cabelos longos, sempre que podem apanham o cabelo, para entre outras coisas, arrefecer as orelhas e a própria cabeça.

E eu sempre gostei de ver mulheres com o cabelo apanhado, dá-lhes um ar mais descontraído.

O óleo é de Katya Gridneva.

domingo, setembro 22, 2013

A Banalização Entre o Privado e o Público


Pedro Mexia, na sua crónica de sábado do "Atual" escreveu sobre a "privacidade", acrescentando ser um conceito que muita gente considera antiquado, fora de moda, tenebroso até.

Entre outras coisas, refere que um académico alemão (Sofsky) escreveu um ensaio, em que nos diz que o "cidadão transparente" não percebe "que haja alguma coisa a defender".

Começou logo por dar como exemplo uma conversa que teve com um amigo, mais novo, que publicou as fotos do filho recém-nascido nas redes sociais. Este aceitou a critica do Pedro, embora não a entendesse...

Eu tal como ele, penso que a privacidade não é uma virtude, é uma liberdade. Provavelmente é por isso que não tenho "faicebouque" nem morro de encantos por esta coisa linda, onde podemos contar o que fazemos e não fazemos, e claro, mostrar "a nossa vida toda" (que até pode ser apenas a que queríamos que fosse... e não a real, pois o mundo virtual presta-se para tudo e mais alguma coisa, como sabemos).

O mais curioso é que dois dias antes de ler esta crónica, tinha pensado na forma como somos controlados na actualidade (praticamente com toda a maquinaria existente...) e que a única forma de lhe escaparmos seria ir viver para uma aldeia do interior e voltar a ter uma vida quase de ermita, sem qualquer contacto com o mundo da informação, ou seja, "deixar de existir".

O óleo é de William Albanese.

sexta-feira, setembro 20, 2013

Viver é Aprender Umas Coisas e Desaprender Outras


A vida vai andando e faz com que aprendamos umas coisa e desaprendamos outras...

Provavelmente já escrevi sobre isso aqui, mas uma das coisas que me faz mais confusão, é a experiência de vida dizer-nos que a insegurança é praticamente eterna, apenas muda de lugar.

Quando vim morar para Almada, com vinte e poucos anos, uma das primeiras pessoas com quem fiz amizade foi o escritor Romeu Correia, graças ao jornalismo.

Fazia-me confusão a insegurança que demonstrava em relação ao que escreveu e ainda e escrevia. 

Hoje percebo-o tão bem...  

Penso que se passa a mesma coisa com o "medo", também vai mudando de lugar, mas nunca deixa de andar à nossa volta.

O óleo é de Franz Sedlacek.

quinta-feira, setembro 19, 2013

A Prática e a Teoria


A distancia entre o dizer e o fazer é muito maior que os quilómetros que distam entre Lisboa e o Porto.

Se apanhar o Alfa, ou o Intercidades, chego lá em menos de meia dúzia de horas.

É por isso que há quem passe a vida quase toda a dizer coisas, sem sair do mesmo sitio...

O óleo é de André Martins de Barros.

quarta-feira, setembro 18, 2013

O Espelho é uma Mentira


Cada vez gosta menos de se olhar ao espelho.

Continua a sentir-se jovem, não consegue ser a mulher que aparece ao espelho, as rugas, o cabelo ralo, os vincos, tudo aquilo lhe parece fantasmagórico.

Não tem coragem de dizer a ninguém que o mundo sem velhos era mais bonito, mas que era, era...

E nem fala das dores que passaram a ser crónicas, nas costas, nas pernas, nos joelhos, nos braços, nas mãos...

Olha para a bengala e finge que não precisa dela, nem mesmo para andar nos passeios esburacados da cidade.

Mas o pior é mesmo o espelho, que bem podia ser menos mentiroso e dar-lhe a idade que sente e quer ter...

segunda-feira, setembro 16, 2013

O País Assim


O país continua sem levantar a cabeça.

O país que somos todos nós.

Muitas vezes por vergonha das pessoas que fingem governar e que fazem tudo para tornar o nosso país, numa terra desigual e com espaço para todas as excentricidades dos tais fulanos que não têm apenas a mania que são donos do pais... estão a voltar a reconquistar o seu domínio feudal salazarento.

Outras por sentir que nem sequer "navegamos à vista", cortamos as ondas completamente sem rumo...

O óleo é de Marcos Rey.

domingo, setembro 15, 2013

A Vida é um Comboio


Há uns tempos que não falava com o Carlos.

Está mais desanimado que nunca porque os tipos do governo estão a empobrecê-lo para níveis que ele nunca imaginou. Até já começou a pensar em alugar um quarto da sua casa, comprometendo a sua liberdade e solidão, que fazem parte da sua essência de velho solteirão. 

Sente que se fosse um tipo inteligente tinha aceitado "juntar os trapinhos" com uma das amigas fixas, que o aguardam nos bailes da Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo.  Mas...

Foi então que desabafou que a vida era um comboio, que passava por muitas estações, dando-nos todas as oportunidades de entrarmos, de sairmos, ou de simplesmente ficarmos por ali, a ver as carruagens a passar.

Ele não tem dúvidas que faz parte do clube dos últimos. 

Passou a vida parado na "estação", a ver passar os comboios...


sexta-feira, setembro 13, 2013

A Reconstrução


Sabia há algum tempo que precisava de se reconstruir, mas faltavam-lhe peças.

O pior de tudo era não saber onde podia encontrar as tais coisas que lhe faltavam.

Um amigo quase inteligente "receitou-lhe" uma dúzia de livros, escritos por tipos com nomes estranhos, quase da família das marcas de automóveis.

Ao fim de alguns dias já sentia melhorias. Achou que as palavras escritas lhe estavam a fazer melhor que se tivesse consultado um daqueles médicos que têm a mania que conseguem olhar para dentro de nós, como a tia Vera lhe recomendara.

A primeira "peça" que voltou a sentir a bater quase normalmente foi o coração...

O óleo é de Siamak Azmi.

quarta-feira, setembro 11, 2013

«Estou a falar de putas e não de prostitutas. Não façam confusão.»


O "Avô Zeca" adorava falar sem o que a minha avó chamava "tento na língua". Era por isso que a malta ficava por ali à sua volta, a ouvi-lo regalada.
Como qualquer anarquista que se prezasse, não suportava a gente "cheia de nove horas" nem achava graça nenhuma aos tempos que estávamos a voltar a viver.
Andava sempre com um bocado da fralda da camisa de fora e com a boina de lado. Não era defeito era feitio...

Quando uma mulher vulgar passou frente ao vidro do café foi adjectivada por vários elementos da mesa, quase tudo coisas de mau gosto.

O "Avô Zeca" não achou piada aquele palavreado carregado de  preconceitos e lembrou: «Quando eu era um rapaz novo a casa de chá mais fina era também a mais célebre casa de putas da cidade. Estou a falar de putas e não de prostitutas. Não façam confusão.»

A malta riu mas ele acrescentou: «Não disse nenhuma piada. É que enquanto as mulheres pobres tinham de fazer pela vida para arranjar uns tostões, fartando-se de bulir aqui e ali, as senhoras ricas faziam o que lhes apetecia. E parece que nesses tempos lhes apetecia muito cornear os maridos.»
Nova gargalhada geral.
Ele agora também sorriu e continuou, abanando os ombros: «também parece que nunca veio mal nenhum ao mundo. Eram todos felizes.»

Depois  de se levantar e pedir mais uma taça de tinto ao balcão, disse: «Ainda hoje tenho a sensação que só os pobres é que "matam e morrem por amor".»

O óleo é de Raymond Leech.

terça-feira, setembro 10, 2013

Sem Medo do Ridículo


Não eram capazes de lhe perguntar, porque razão ele era assim.

Com a sua aparente boa educação e delicadeza também não lhes dava grandes oportunidades para que existisse um "contraditório". 

Percebe-se que se sente bem a fazer o papel de "servidor". É um daqueles homens que dizem que sim a tudo, até ao hino, que nos incentiva a "marchar contra os canhões", embora em casos extremos tenha sempre o cuidado de escolher a última fila...

Ou seja, pode ter cara de imbecil, mas não é parvo nenhum.

No tempo de eleições consegue ser apoiante de todos os candidatos, da direita à esquerda. Além de arranjar bons adjectivos para os qualificar, aproveita todas as benesses que surjam, sem ter qualquer medo do ridículo.

E é de tal forma fiel às suas convicções, que no dia das eleições arranja sempre um programa qualquer, para não ter de votar...

O óleo é de Boris Grigoriev.

segunda-feira, setembro 09, 2013

"Lisnave, Uma Viagem no Tempo"


No próximo sábado será apresentado em Cacilhas, uma obra sobre a Lisnave, com textos da minha autoria e fotografias de João Soeiro.

Este livro/ catálogo, intitulado, "Lisnave, Uma Viagem no Tempo" esta dividido em três partes (antes, durante e depois...), nas quais procuro fazer a história daquele espaço, antes de surgir a Lisnave, durante o tempo em que funcionou como estaleiro naval e depois, com o seu abandono e os projectos para um futuro, cada vez mais longínquo...

Esta é a fotografia da capa, do João Soeiro.

sábado, setembro 07, 2013

«Vocês mentem muito às mulheres, não é?»


A Rita já não é nenhuma adolescente, mas gosta de se fazer passar por "parva", como quase todas as mulheres, perguntando às vezes o óbvio.

Não sei quem foi que lhe mentiu, mas não foi por acaso que ela me perguntou, já quase com a resposta na ponta da língua: «vocês mentem muito às mulheres, não é?»
Antes de lhe responder, sorri. Depois disse, «depende...»
«Depende de quê?», quis saber ela.
«Depende sempre da mulher», acrescentei sem deixar de sorrir.

A conversa continuou com frases curtas, de um lado e de outro, até eu lhe dizer que se os homens mentem, é porque há mulheres que gostam de ouvir mentiras.
Quase que estraguei a conversa...

Foi então que empurrei a conversa para a beleza, acrescentando que todas as mulheres, mesmo as menos bonitas, gostam de ser elogiadas. Como a maior parte se olha ao espelho, deve saber onde começa a fantasia e acaba a realidade, nas frases roubadas a "romances de cordel".
Continuei a estragar a conversa...

E ficámos sem saber quem é que mente mais a quem.

O óleo é de Caytano Arques-Buigas.

sexta-feira, setembro 06, 2013

«O Mar vai estar sempre aqui»


Agora que a escola se prepara para começar e as férias são passado (apesar do calor...), há sempre algumas saídas giras da minha pequenota, à minha espera.

Hoje pegou no búzio que tem no quarto e disse-me: «Sabes, o Mar vai estar sempre aqui. Só preciso de fechar os olhos.»

Sorri-lhe e disse que sim.

O óleo é de Katia Varvaki.

quinta-feira, setembro 05, 2013

Dois Períodos Terríveis para o Comércio...


Noto nos últimos anos que há dois períodos terríveis para o comércio: o fim de ano e o fim das férias.

É quase sempre nestas alturas que muitos dos cartazes afixados em casas comerciais, a informar os clientes que estão fechadas para férias ou para remodelações, se tornam definitivos...

A célebre "retoma" só se vislumbra no olhar dos comentadores políticos de direita e dos ministros e secretários de estado. 

A história recente diz-nos que quer uns quer outros, têm muito pouco jeito para jogos de adivinhação, pelo que ganhavam mais em ficar calados, mas...

O óleo é de Susan G. Scott.

quarta-feira, setembro 04, 2013

Quase se Desculpa por Ser Boa Pessoa...


Ele olha o  mundo com um filtro especial, que faz com que veja o melhor de cada um de nós.

Finge compreender a "sacanice", que tem aumentado nestes tempos de crise, de desemprego e de falta de dinheiro.

Até é capaz e desculpar alguns "filhos da puta", outros mais travessos nem por isso.

Consciente das suas fragilidades humanas, diz que se se não tivesse uma vida tão certinha, também era capaz de andar por aí a "atropelar" pessoas.

Eu acho que ele sabe que está a mentir. 

Quando nascemos sem as marcas do cinismo, da inveja e da hipocrisia, somos incapazes de culpar os outros pelos nossos fracassos, mesmo nas horas difíceis. 

Só temos uma solução, "virar a vida" de pernas para o ar...

O óleo é de Jennifer Bell.

segunda-feira, setembro 02, 2013

«Já imaginaste tentar sorrir e não saber qual é o teu verdadeiro sorriso?»


Estava sentado a ler as notícias do futebol de fim de semana quando apareceu a Rita com uma amiga, que de vez em quando aparece na televisão, a fazer pequenos papeis nas telenovelas portuguesas.

Elas sentaram-se e depois dos cumprimentos de circunstância, eu continuei a ler o jornal e elas a conversarem. Claro que foi impossível passar ao lado da conversa...

A actriz desabafou que agora até tinha medo de sorrir. Pensei que ela deveria ter um problema qualquer de saúde, pois nem estava com muito bom aspecto. Mas não era nada disso. Era apenas mais um dos "malefícios do teatro"...

«Já imaginaste tentar sorrir e não saber qual é o teu verdadeiro sorriso?» E antes que a Rita a interrompesse, continuou: «e teres uma colecção de sorrisos das personagens que fizeste complica ainda mais as coisas, já que não sabes qual é o teu...»

Apeteceu-me sorrir com o meu verdadeiro sorriso, mas achei melhor esconder-me atrás das notícias desportivas...

Quando elas se levantaram fiquei a pensar que podia estar enganado.

Como não costumo ver a TVI, sei que há sempre a possibilidade da moça ser uma das vedetas das telenovelas da estação...

O óleo é de Andy Short.

domingo, setembro 01, 2013

Os Falsos Democratas e a Constituição


Quando não se sabe governar em democracia, respeitando a Constituição da República, só há um caminho a seguir: pedir a demissão!

Não tenho dúvidas que com um presidente da República mais responsável e democrata, o primeiro-ministro teria de justificar as suas palavras e as suas atitudes contra a Constituição e contra o Tribunal Constitucional.

Mário Soares ficou na história por ter metido o socialismo na gaveta e agora Passos quer seguir-lhe as pisadas, mas desta vez o objectivo é meter a democracia em qualquer gavetão...

O óleo é de George Tooker.