sábado, julho 27, 2013

Paixões


Deixei para o fim, propositadamente, as "Paixões" de Rosa Montero.

É mais uma estreia, pois nunca li nada da Rosa, embora esteja há muito na lista de autores que quero conhecer.

Tenho uma lista de livros, a ler, mas que por muitas razões - a que me ocorre agora é a impossibilidade de comprarmos e lermos todos os livros - vão ficando para trás. Nessa lista está "A Louca de Casa", da Rosa, que foi ficando esquecida.

Surgiram agora as"Paixões". Quero gostar da Rosa...

quarta-feira, julho 24, 2013

O Belo Adormecido


Descobri este livro recentemente (com um preço inferior a três euros...) e como gosto da Lídia Jorge e de contos, pensei logo que seria uma boa escolha para férias, embora ache o título "manhoso".

Não sei porquê, mas normalmente levo para férias mais livros de contos que romances. 

domingo, julho 21, 2013

No Meu Peito não Cabem Pássaros


Além de gostar da capa (fotografia de Gérard Castello Lopes) e do título, também sentia curiosidade em conhecer a escrita e a imaginação de Nuno Camarneiro, ainda antes de ser um escritor premiado.

É agora...

sexta-feira, julho 19, 2013

Os Paços Confusos


Descobri por acaso este livro de José Rodrigues Miguéis, "Pass(ç)os Confusos".

Ao folheá-lo reparei que era um livro de crónicas (talvez a caminho do conto...), publicadas na imprensa portuguesa ("Diário Popular", "Diário de Lisboa" e "Diário de Notícias") nos anos sessenta, setenta e oitenta.

Tive a "sorte" de ler coisas sobre Lisboa e decidi logo convidá-lo, para ir de férias comigo...

quarta-feira, julho 17, 2013

Cartas Vermelhas


Este livro, logo que saiu, despertou-me a curiosidade, pela frase impressa na capa: «a história de uma militante comunista que se apaixona por um inspector da PIDE.»

Tem de ser uma aventura cheia de dramas, grandes e pequenos, pois este é um daqueles casos, em que a escolha de se amar e viver com o inimigo, só podia ser entendido como traição...

E é uma estreia, não conheço nenhuma obra de Ana Cristina Silva.

segunda-feira, julho 15, 2013

Últimos Preparativos


Hoje é dia dos últimos preparativos, antes de irmos de férias.

Como de costume, não levamos qualquer computador até ao Sul. Pelo que serão férias também da blogosfera e dos vários trabalhos, que ficam à espera de Agosto (nem todos, um pelo menos vai comigo, mas só em suporte de papel, coisa que não faltará nas férias...).

Já escolhi os livros que vamos levar para ler. Há alguns que não vão, apenas porque ultrapassam as quatrocentas páginas, ou seja, a fronteira que eu tracei para livros de "férias"...

Graças à possibilidade de deixar alguns "posts" programados na nossa ausência, nos próximos dias falarei dos tais livros que também vão de férias, mas para serem lidos. São cinco, acho que pelo menos quatro serão "devorados", sem grande dificuldade...

O óleo é de Júlio P. Bernarbó.

domingo, julho 14, 2013

A Matemática no Nosso Dia a Dia


O que mais mudou no nosso dia a dia, foi a necessidade de fazermos contas, mesmo os que não eram bons a matemática.

Com menos rendimentos e mais despesas, é a única forma de conseguirmos chegar ao fim do mês, sem termos a conta a zeros ou abaixo deste número terrível...

A consequência maior destas "poupanças" forçadas é a quebra do comércio. Apesar das promoções diárias que nos são oferecidas e de muitos restaurantes conseguirem o "milagre" de nos servir, sem aumentarem os preços, devido ao famigerado IVA, tivemos mesmo de mudar...

E tantas vezes que passamos sem olhar, para não cair na tentação de entrar...

O óleo é de Nicola Sambari.

sábado, julho 13, 2013

O Mar é um Mundo


O mar é um mundo.

São muitas as suas atracções...

Reparo nisso nas conversas que tenho travado sobre as férias a Sul. 

Uns falam-me da água quente que chega de do lado africano do canal de Gibraltar, outros desse "desporto português", que a apanha da "cadelinha", à beira mar. Outros ainda da areia da praia ou das noites algarvias...

Nenhum me fala da poesia do mar, das ondas que falam, no seu vaivém...

Eu sei, a  poesia é mais de escrever que de falar. 

O óleo é de Horácio Cardozo.

sexta-feira, julho 12, 2013

«Depende do que se entende por literatura.»


Perguntaram-se se o que se escreve nos blogues, pode ser considerado literatura.

Comecei por dizer, «não», para depois voltar atrás e acrescentar: «depende do que se entende por literatura.»

E depois disse que só poderia falar por mim. 

Normalmente "escondo" e "guardo" as minhas melhores ideias para histórias com livros. Quanto muito, levanto um pouco o véu em algumas histórias curtas que deixo presas na blogosfera.

Sinceramente, sinto tudo isto mais leve, mais terra a terra, mais caderno de notas.

Aceito que haja quem seja mais criterioso nas publicações. Mas não acredito que isso se passe com quem escreve diariamente por aqui como eu...

E mais uma vez não consegui responder com certezas.

Isto de irmos para velhos é uma chatice. Cada vez temos mais dúvidas, até mesmo nas palavras que utilizamos...

O óleo é de Pierre Bonnard.

quarta-feira, julho 10, 2013

O Livro Incompleto


Nunca me tinha acontecido pegar num livro e perceber logo que havia qualquer coisa que não batia certo. Assim que o abri, descobri que lhe faltavam várias folhas.

Tratava-se de um livro de poesia (ironia das ironias, "Todas as Palavras", de Manuel António Pina...). Dirigi-me à caixa com o livro e fiquei a saber que não se tratava de algo incomum, nos dias de hoje.

Havia quem se "apaixonasse" por uma imagem ou por um poema e fazia o mais fácil, provavelmente sem pensar que estava a roubar a "alma ao livro", ao mesmo tempo que o transformava num objecto a caminho da inutilidade.

Acabei por ter sorte, já que só existia mais um exemplar do livro do Pina.

Já não há apenas qualquer coisa de errado no sentido da sociedade. caminha-se mais que nunca para a destruição do que é de todos, desde as pinturas selvagens, disfarçadas de "grafites", a todo o tipo de piratarias e agora também isto...

terça-feira, julho 09, 2013

O Rapaz que Queria Voar


Nunca o conheci, sabia apenas que morou no nº 5 e que quando falavam dele, referiam-se ao "Rapaz que Queria Voar". Diziam-no com um sorriso nos lábios, um tudo nada trocista e também com algum mistério.

Nunca consegui perceber o seu verdadeiro nome nem o que lhe aconteceu.

Até que uma daquelas coincidências, que chamamos felizes, fez com que um homem me dissesse que tinha conhecido muito bem o "Rapaz que Queria Voar". Quando lhe perguntei se ele sabia o que era feito dele, disse-me que estava exactamente à minha frente...

O óleo é de Victor Bregeda.

domingo, julho 07, 2013

A Sombra e o Sol


A sombra costuma brincar às escondidas com o Sol e normalmente é agradável de se estar.

A não ser que se veja  invadida por uma destas vagas de calor, que de vez em quando chegam ao nosso país, sopradas pelos camelos do Norte de África.

Só nos resta andar com uma roupa leve, beber bastante água, e claro, não nos esquecermos do chapéu, quando deixarmos a sombra...

O óleo é de Boris Grigoriev.

sábado, julho 06, 2013

Agora Sim, é Tempo de Partir...


Não sei se existem por aí terras à nossa medida, 
mas nunca como hoje, foi tempo de partir.

O primeiro-ministro, quando mandava os jovens emigrar,
 sabia o que fazia, 
no país que ele governava, não havia lugar para eles.

Os rapazes e raparigas, inocentemente,
ainda pensaram que se tratava de uma farsa
 ou de uma brincadeira de mau gosto.



Mas hoje, sabemos todos, 
novos, usados e velhos, 
que o país  escolhido para o Pedro e o Paulo 
brincarem às escondidas e à apanhada, 
já não é o nosso.


É outra coisa qualquer, cada vez mais difícil de definir...

E não sei se ainda temos tempo de voltar a ser Portugal...

O óleo é de Salvo Russo.

sexta-feira, julho 05, 2013

«Eu nunca quis ser uma grande estrela, queria ser apenas actriz.»


Nunca esqueci aquela frase, «eu nunca quis ser uma grande estrela, queria ser apenas actriz.» Até por pensar que estava afastada da realidade...

Ela continua a ser uma mulher bonita. Entrou bem nos sessenta, nem sequer se preocupa em esconder muito as rugas, exagerando na maquilhagem.

Às vezes pensa que perdeu mais do que ganhou por ter um palminho de cara, outras nem por isso.

Tinha o cabelo claro como a Marylin e isso foi fatal. Quem não a conhecia (e até quem a conhecia...) gostava de contar anedotas sobre louras burras, nas suas costas, com segunda, terceira e quarta intenção.

Sabe que se não fosse bonita não teria casado com um empresário, que lhe deu a segurança necessária, para com menos de trinta anos poder dizer: «a partir de agora só farei coisas de que goste.»

Quando olha para trás sorri e diz que foi mais feliz como esposa e mãe, do que o que poderia ter sido como actriz. Eu acredito, mas não sei se ela acredita...

Quando lhe perguntei, porque é que quis ser actriz, respondeu-me: «quando somos jovens temos sempre muitos sonhos. Olhamos para o mundo com mais cores, que as que ele realmente tem. Num país fechado, com tão pouca coisa para se puder ser, nos anos sessenta, era normal na adolescência querermos ser cantoras ou actrizes. Como eu não sabia cantar...»

Sorriu antes de continuar: «havia uma grande curiosidade sobre a vida dos artistas, que na altura era descrita como uma coisa sensacional na "Plateia" e em outras revistas. Vivíamos todas "apaixonadas" por homens que nem sequer gostavam de mulheres.»

Acrescentei que ainda hoje era assim, que as coisas não tinham mudado tanto. Não concordou nada: «mudaram sim, hoje as revistas só exploram mexericos, vivem das meias verdades e das meias mentiras.»

Disse-lhe que, apesar de tudo, as revistas de hoje devem retratar melhor a realidade, que as do seu tempo de juventude.

Ficou em silêncio uns segundos, antes de me dizer que sim, com a cabeça.

O óleo é de Ger Eikendal.

quinta-feira, julho 04, 2013

Apetece-me Férias...


Apetece-me férias, provavelmente passa-se o mesmo com milhões de portugueses, que gostam de calor, mas não de temperaturas mais africanas que europeias...

Actualmente é no período de férias que leio mais, acabando por escrever também muito, mesmo que seja apenas para o caderno...

E também preciso de mudar de ares, de algum sossego que só se encontra fora de portas.

Está quase.

O óleo é de Mihai Criste.

quarta-feira, julho 03, 2013

«Tu nem calculas as vezes que tenho passado por otário, Luís»


Quando ele me disse, «tu nem calculas as vezes que tenho passado por otário, Luís», lembrei-me da minha mãe, que também sempre foi boa a passar "por parva", para evitar conflitos e por ter alguma curiosidade em ver até onde iria a chamada "esperteza saloia", que sempre teve mais de urbana que de campestre... 

Fazia-lhe confusão ver as pessoas correrem atrás das "possibilidades remotas" de um dia se tornarem ricas, com um golpe de sorte, mas não lhe ouvia uma palavra de desagrado em relação a elas. Era ele que se achava errado, por nunca na vida ter comprado uma cautela da lotaria ou ter jogado no totobola, muito menos no euromilhões. Mas não era agora que iria mudar. Nem queria...

Vivia da sua reforma de funcionário público, a ocupação mais amaldiçoada do país pelos governantes actuais e cada vez mais reduzida. Não o preocupava, receber cada vez menos, embora tivesse descontado quarenta e dois anos. O que o preocupava era ver os netos sem trabalho e terem de emigrar, como tantos da sua geração o fizeram nos anos sessenta.

Acabou por desabafar: «Acho que tive bastante sorte na vida, Luís. Como eu sou, se estivesse agora na flor da idade, tornava-me mais facilmente um "sem abrigo", que um milionário...».

O óleo é de Miroslav Yotov.

terça-feira, julho 02, 2013

Nós e a Decadência Europeia


Talvez seja excessivo comparar a decadência Europeia à queda dos vários impérios que dominaram de alguma forma o mundo, como por exemplo o Romano.

Mas penso que ninguém terá dúvidas de que o "velho continente" exerce o domínio mundial,  económico e social, há vários séculos (só no campo militar é que deixou que surgissem dois pólos opostos, União Soviética e EUA, saídos da Segunda Guerra Mundial, num momento de grande fragilidade para os países mais importantes). 

Pelo que tem de ser entendido como normal, que surjam outras potências, outros "senhores" a quererem dominar o mundo. Acaba por ser cíclico...

Só não se esperaria, no caso português, que uma das suas antigas colónias, em apenas uma década, se tornasse "dona" de tantas coisas, até da própria comunicação social...

O óleo e de Anna Hallden-Maule 

segunda-feira, julho 01, 2013

O Futebol com Arte


Tinha pensado montar uma "montra de livros" aqui no "Largo", mas fui "atraiçoado" pela final da Taça das Confederações de Futebol, que o Brasil conquistou ontem, frente à Espanha, com todo o mérito.

Esta competição teve uma coisa muito positiva, apresentou Neymar ao mundo.

E Neymar é mesmo artista, está no patamar dos craques de excepção e penso que num futuro próximo será melhor que Messi e Cristiano Ronaldo. Digo isto porque tem a velocidade de Ronaldo, a arte de Messi, mas tem algo que falta aos dois, a beleza estonteante que imprime a cada lance de ataque.

Com 21 anos de idade, já é muito superior a ambos, quando tinham esta idade.

E também gostei de ver o Brasil derrotar a Espanha, talvez por algum "portuguesismo" e por estar farto daquele jogo curto de "cabine telefónica".

Depois do que aconteceu na última época em Espanha, não consigo ver em Casillas o bom guarda-redes de outros tempos, muito menos apreciar o bom futebol de Xavi e Iniesta, provavelmente por se terem metido em "guerras" que não são as suas, tendo sempre Mourinho como alvo.