quarta-feira, outubro 31, 2012

Sandy Abana a Cidade Maior


Sandy, uma daquelas raparigas que vão para todo o lado, mas nunca para o céu, como na canção, abanou as torres de Manhattan e transformou as ruas em autênticos rios.

Ao ver as imagens da tragédia pela televisão, lembrei-me de Lisboa e também desta Margem Esquerda do Tejo. Como resistiriam?

E lá fiz um desenho...

As ruas da Baixa não deviam ficar muito diferentes de Veneza, embora lhe faltasse o encanto das gondolas. Alguns prédios, com a marca pombalina, abraçavam a perigosa Sandy e deitavam-se ao seu ritmo. O mesmo devia acontecer aos velhos armazéns do Ginjal, fazendo jus às placas de aviso de derrocada, colocadas à "séculos" pelo Município e pelos "donos" do porto de Lisboa.

E nada seria como dantes. Em vez de semanas, precisávamos de largos meses para voltar à vida quase normal...

O óleo é de Deborah Beown.

terça-feira, outubro 30, 2012

O Fascínio pela Liberdade



Ainda hoje falam que o meu fascínio  pela liberdade começou durante a ditadura marcelista, no já longinquo ano de 1969.


Tudo aconteceu quando com apenas sete anos resolvi abrir a gaiola dos meus tios e deixar o seu piriquito voar...

Hoje sorriem mas na época não acharam muita piada.

Acho que me queria certificar se ele ainda sabia voar a sério. Provavelmente a ave cantante não resistiu à rua, já que era "bicho de gaiola".

Mas nunca me rendi, nunca tive nenhum pássaro prisioneiro, sempre gostei de os ver voar, livremente...

O óleo é de David Paskett.

segunda-feira, outubro 29, 2012

E Não é que Tenho Mesmo Mais Barcas Azuis?...


Um dos inúmeros visitantes que nunca deixam comentários, gosta de me dar a entender que está atento às vistas e conversas do "Largo".  Oferece-me sempre uma pista quando nos cruzamos na rua.  

Desta vez perguntou-me se tinha mais barcos azuis, para  guardar no armazém.

E não é que tinha mais um, também do Ian Ledward...


sábado, outubro 27, 2012

O Inverno do Nosso Descontentamento


As barcas já começaram a ser arrumadas nos armazéns,  onde ficam pelo menos até Março. É assim todos os anos. 

Há quem não perceba este ritual e finja que em Portugal não há Inverno, defendendo mesmo que o lugar das embarcações é na água. 

Claro que quem diz isto não tem nenhuma barca por aí ou finge que chegou ontem do Norte da Europa, onde raramente aparece o Sol.

Lembro-me sempre da frase estúpida, «uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa», utilizada para quem não vai lá com desenhos.

O Sol aparece muitas vezes no Inverno por aqui e ainda bem. Pode abrir-nos um sorriso, o que não quer dizer que nos aqueça a alma. 

Mesmo que o nosso país seja descrito como um paraíso de Janeiro a Dezembro (principalmente por quem aparece no tempo frio e encontra uma temperatura de quatro, cinco graus, em vez dos vinte negativos das suas terreolas...), fico sempre com a sensação que isso é coisa do cinema e dos livros.

O óleo é de Ian Ledward.

quinta-feira, outubro 25, 2012

Poesia: a Expressão Literária mais Livre que Existe


Não tenho qualquer dúvida que a poesia é, entre muitas outras coisas, a expressão literária mais livre que conheço.

Nem sempre escrevi ou escrevo poesia. 

Umas vezes por  pudor, outras por sentir que a poesia não é (ou era...) a melhor forma de me exprimir.

Mas sempre li poesia. Pessoa, Sophia, Zé Gomes, Ary, Zeca, Belo, Herberto, Al Berto, Eugénio, David, fazem parte do meu imaginário poético. Numa segunda fase (depois de ter criado o meu primeiro blogue em 2006...) encontrei o Pina, a Rosário, a Alice, entre outros novos poetas, que são hoje certezas da nossa literatura.

Provavelmente por ler mais poesia, hoje também escrevo mais poesia, mas sem ter qualquer preocupação com a sua divulgação ou publicação.

Além da poupança de palavras, há a tal Liberdade que falo desde o título deste texto, até ao seu final.

Liberdade que se expande e abraça a metáfora, a ironia, a palavra estranha, num jogo que envolve sonhos, pesadelos, amores ou outras coisas, aparentemente incompreensíveis.

E pensar que a sua construção pode completar-se com uma simples frase...

O óleo é de John Richard Philips.

terça-feira, outubro 23, 2012

Só Podia ser o Homem que Glosou o Famigerado "FMI"


A frase que reproduzi ontem é de José Mário Branco, um dos grandes autores musicais do nosso país, com passagens pelo teatro e cinema, além das suas canções, sempre de intervenção.

segunda-feira, outubro 22, 2012

«Sou hoje mais de esquerda que nunca.»


Estava a reler coisas com algum tempo, quando descobri as palavras  de um músico, que tinha guardado de uma entrevista:

«Eu hoje estou muito radicalizado. Tenho 62 anos mas sou hoje mais de esquerda do que nunca. Olho para este mundo com muita dor, muito desgosto, raiva mesmo.
As minhas convicções originais, mesmo tendo perdido aquele esqueleto ideológico muito definido do marxismo, do leninismo, do maoismo e dos ismos todos - aliás ando a relê-los - continuam intactas.»

Esta entrevista  foi dada ao suplemento "Ipsilon" do "Público", em fevereiro de 2004. O entrevistado, além de ter mais oito anos, deve ainda estar mais radicalizado, pois o mundo não mais parou de descer e de se tornar injusto...

Eu também estou mais radicalizado e sou mais de esquerda que nunca.

Não sei se são capazes de descobrir de quem se trata. Pelo sim pelo não, vou deixá-los em suspense...

O óleo é de Alain Senez.

domingo, outubro 21, 2012

Gosto desta Publicidade


Não sei se é pela simplicidade e pelo ar da modelo, sei apenas que gosto desta campanha da "Tezenis".

Há uma sensualidade diferente, menos óbvia. A modelo aparentemente não está a fazer nenhum convite, como sucede tantas vezes, finge até alguma surpresa...

sábado, outubro 20, 2012

A Merda do Outono


«Num só dia, hoje, comecei a ler Al Sur De Los Párpados, o terceiro romance que escreveu o Enrique Vila-Matas, terminei um conto com o qual andava engalfinhado há semanas, comprei uma garrafa de Jack Daniel's e ouvi a chuva metralhando o empedrado da praceta — a merda do Outono, enfim. Também me lembrei de dois amigos doentes, um dos quais já nada deve ser capaz de salvar (não existem milagres, não existem milagres, se existissem milagres ele não adoeceria e viveria para sempre). Vai muito provavelmente morrer sem que nos voltemos a ver nem a falar, deitado numa cama de hospital, sedado, quando devia estar a trabalhar nos seus poemas melancólicos, a rir, a contar longos episódios domésticos, a escrever crónicas sobre os desmandos do país (e logo agora, quando mais precisamos dele). Não nos veremos e não há nisso mal nenhum. Quando me lembro dele, sempre que me lembrar dele, terá os olhos franzidos num sorriso amável ou de troça, e estará ainda a desculpar-se por não me ter ainda mandado um texto qualquer que prometeu e até está na desktop do computador, para ele não se esquecer. Não faz mal. Não tenho pressa. Vou continuar à espera do texto, de que se ponha bom e possa voltar a falar ao telefone, para me perguntar pelo meu filho e me contar coisas de serralheiros e mulheres da limpeza, se li este livro ou aquele, e a dizer-me frases do Stendhal sem ser por nada.»

Este belo texto foi escrito e publicado por Manuel Jorge Marmelo, no seu blogue, "Teatro Anatómico". Foi através dele que percebi que Manuel António Pina estava muito doente. 

Aproveito esta oportunidade para homenagear o grande poeta do Norte, mas também o autor desta crónica tão expressiva, um dos jornalistas despedido pelo "Publico", no despedimento colectivo que não é mais que a morte anunciada de um dos melhores jornais portugueses. 

Como ele tem razão. O Outono tem a sua beleza, mas para alguns de nós, não deixa de ser uma merda, pelo que se perde...


O óleo é de Ian Ledward.

sexta-feira, outubro 19, 2012

Manuel António Pina (1943-2012)


Tive um dia daqueles grandes, que ainda não acabaram.

Só agora é que liguei o computador e fui logo surpreendido com a notícia do desaparecimento do poeta Manuel António Pina, que também era, a par do Ferreira Fernandes, o nosso melhor cronista do quotidiano. 

Há muito que sentia a falta das suas crónicas no "JN". 

Ficam as suas palavras poéticas, belas e necessárias, que lhe oferecerão a imortalidade.

quinta-feira, outubro 18, 2012

A Paixão e a Curiosidade pelo Outro


A paixão e a curiosidade pelo outro pode levar algumas pessoas a terem atitudes que podem no mínimo soar a doentias.

É o caso do Maurice, que todas as manhãs sai de casa e se senta num banco rente a qualquer estação de transportes, onde fica uma boa meia hora a olhar quem passa, para lá e para cá. Olha como se fosse um fotógrafo, mesmo que se tenha esquecido da máquina, ou um pintor, sem pincel e tela.

Vê de tudo, gente que caminha a várias velocidades, que olha quase sem ver, gente bonita, gente feia, uns que saíram de casa como se fossem a qualquer festa, outros que  preferem acompanhar um enterro.

A sua estação preferida é a das barcas, no Cais Sodré, apenas porque tem no Tejo, a um dedo de distância, um elemento que desequilibra qualquer balança.

Quando regressa a casa está de cara feliz, pronto para escrever sobre as pessoas que olhou e desconhece. É por isso que se vê obrigado a arranjar-lhes vidas novas nas suas histórias de papel,  sem querer inventar nada.

O óleo é de Sérgio Cerchi.

terça-feira, outubro 16, 2012

Quando se Enchia a Barriga de Esmolas...


Há mais de vinte anos, quando ainda não tínhamos sido invadidos pelos romenos, nem havia tanta gente perdida pelos cantos das ruas, escrevi algo sobre os pedintes de Lisboa.

«Lisboa é Capital de tanta coisa, até de pedintes militantes. Na Baixa Lisboeta é rara a esquina que não tem alguém com a mão esticada ou com o boné no chão, quando as mãos estão ocupadas a dedilhar qualquer instrumento musical. Muitos exibem os defeitos de fabrico ou dos acidentes da vida, outros fazem o número do desgraçadinho e vão perdendo a vergonha, à medida que enchem a barriga de esmolas.»

Quando descobri estas palavras, percebi o quanto estavam desactualizadas.  Nestes tempos de crises, já nem aos ceguinhos que se passeiam pelas carruagens do metro, se dá esmola, quanto mais aos profissionais da Roménia, que alternam a pedinchice com a venda do "borda de água", e claro, com as  "ofertas" da gente distraída que se passeia pela Cidade...

O óleo é de David Dalla Venezia.

segunda-feira, outubro 15, 2012

O Sol Também Deixa de Ser Para Todos


Já há tantas coisas por aí que não são para todos, que o Sol poderia fazer um esforço e continuar a passar por todas as ruas.

Isso só faz com que seja mais difícil esquecer os dramas que nos visitam quase todos os dias, sem esquecer as apreensões que estes maus governantes, que nem sequer conseguem ser aprendizes de feiticeiros, nos provocam, dia após dia.

Nunca ninguém mentiu tão descaradamente, nunca ninguém nos deu a sensação tão  forte de não saber o que anda a fazer, destruindo mês após mês, o pouco que vai restando da nossa economia. 

O pior de tudo é perceber que só saem do poder, quando forem empurrados pela porta  da frente ou dos fundos, só não sabemos quando, nem por quem.

O presidente da República não age nem reage, apenas faz o papel de "bandarra", dizendo que já tinha avisado que isto ia acontecer, de preferência pelas novas formas de comunicação virtuais...

Será que com tantos assessores, ninguém lhe diz que o seu papel não é o de "avisador"?

O óleo é de Elena Montull (substitui pela primeira vez uma imagem neste blogue, quase porque sim...).

domingo, outubro 14, 2012

Eles Fingem que Não Sabem nem Sentem...


Parece-me que poucas pessoas têm dúvidas que o nosso país e a maioria dos portugueses não têm capacidade para suportar os aumentos do IRS e do IMI que têm aparecido nos jornais.

É por isso que sinto que esta gente que nos governa, não só está fora da realidade, como demonstra ser completamente insensível aos dramas sociais que se avolumam, de Norte a Sul.

Se estão a testar o povo, a ver até onde podem ir, estão a cometer um erro de palmatória, que lhes pode sair demasiado caro, pois já anda por aí muita gente de cabeça perdida...

O óleo é de Isabel Frias. 

sábado, outubro 13, 2012

Os Meus Jornais


Não compro jornais como noutros tempos, por mais que uma razão: cada vez há menos tabacarias no espaço que poderia  chamar de "meu bairro"; as "espreitadelas" on-line, que embora não substituam os jornais, acabam por resumir as suas principais notícias e basta fazer um click, notícias que também não têm o interesse e entusiasmo de outros tempos, porque o jornalismo não tem a qualidade nem a independência que deveria ter. 

Há dois títulos que continuo a comprar com alguma regularidade, "A Bola" (apesar de ter trabalhado na concorrência, "Record", nunca deixou de ser o meu desportivo...) e o "Público", o primeiro porque me diverte e o segundo porque continuo a fingir que é um jornal de referência, onde permanecem algumas das minhas culturas (compro-o quase sempre às sextas, por causa do "Ipsilon"...) e gente que gosto de ler.

Sei que tem os dias contados, porque o senhor "Bernardino" deve estar cansado de ser dono de um jornal que não dá lucro.

Quando olho para trás não esqueço o jornal do Vicente, que sem nunca ter sido um sucesso de vendas, foi do melhor que se fez no jornalismo diário deste país.  Só o comecei a evitar na última fase do Fernandes, em que os seus ódios pessoais passaram a ser mais importantes que o pluralismo jornalístico.

O óleo é de Iman Maleki.

sexta-feira, outubro 12, 2012

Infelizmente (será?) Todos os Caminhos Continuam a ir Dar a Roma


Penso que a expressão, «todos os caminhos vão dar a Roma», nasceu no longínquo Império Romano e tem resistido ao tempo, sendo utilizada em quase todas as áreas da nossa vida, com carácter positivo ou negativo. Também se diz e muito bem, que «quem tem boca vai a Roma».

Lembrei-me da primeira expressão devido aos "caminhos" tortuosos que este nosso governo tem tomado para chegar a Roma.

Apesar de todos os caminhos acabarem na Capital Italiana, não havia necessidade de partir de barco pelo Atlântico fora, dobrar o Cabo das Tormentas e continuar a viagem pelo Indico, quando poderia simplesmente navegar pelo Mediterrâneo...

O óleo é de Alberto Gálvez.

quarta-feira, outubro 10, 2012

A Alegria de Estar e de Ser


Quando sentimos que o melhor do almoço não é a comida - mesmo quando a saboreamos com regalo -, mas sim a companhia, está tudo dito.

E não são apenas as conversas, as brincadeiras, as anedotas que nos fazem querer estar, é sentirmos o verdadeiro sentido da amizade. Almoçamos sobretudo porque gostamos da companhia uns dos outros. A única coisa que trazemos na manga é a vontade de passarmos um bom momento.  

Reparo também que raramente falamos em política ou futebol.

Escolhi o óleo é de Joanna Upperton, porque tem as cores que deviam pertencer a todas as cidades.

segunda-feira, outubro 08, 2012

Odeio Ladrões de Pé Descalço


Odeio ladrões de pé descalço, capazes de assaltar casais de velhos, ou ainda pior, pessoas que vivem sós, cujas reformas mal dão para pagar os medicamentos e a comida.

Além de pensarem pequenino, são cobardes e perigosos, pois só agridem quem já não se consegue defender, muitas vezes de forma violenta.

Fiquei siderado ao saber do assalto que fizeram a uma senhora viúva, que sobrevive das limpezas que faz aqui e ali. Uma das suas poucas alegrias é pertencer a um grupo de cavaquinhos onde toca e canta, que também são quase a sua "família".

Pois o bandido, ou bandidos, que lhe assaltaram a casa, além de lhe destruírem uma série de coisas, só por destruir, ainda lhe levaram o cavaquinho...

Felizmente um grupo de amigos e conhecidos uniu-se e vai comprar-lhe um novo instrumento, para que a música a volte a animar e faça esquecer os bandalhos que circulam à nossa volta.

O óleo é de Tigran Asatryan.

domingo, outubro 07, 2012

Boas Músicas no Interior


As peripécias da TDT fizeram com que deixássemos de ter televisão na casa da Beira.

E como foi tão bom passar estes dias sem a companhia do pequeno ecran...

Ouvimos muita música, mas também o chilrear dos pássaros que habitavam nas oliveiras rente à nossa casa.

Além dos nossos discos, também ouvimos alguma rádio, inclusive a "Rádio Monsanto", onde revivi a rádio que se fazia quando eu era mais pequenote, pelos anos setenta. A forma de apresentar e de escolher música tinha muita nostalgia, e depois a mensagem inesquecível para os ouvintes: «para si bom dia, boa tarde, boa noite, conforme a sua sintonia.» 

Rima e é verdade. E claro, foi bom ouvir tanta música portuguesa, alguma que não ouvia há anos...

quinta-feira, outubro 04, 2012

Talvez Haja Correio...


Vou ver se a velha casa ainda está no mesmo sítio e se há alguma carta ou bilhete à minha espera.

Até porque este pode ser o último 5 de Outubro (feriado) das nossas vidas...

Esta gente que julga estar a governar tem-nos tirado quase tudo...

O óleo é de William Albanese.

quarta-feira, outubro 03, 2012

O Cinema Português no Brasil


O Brasil está a descobrir o cinema português actual, graças ao Festival do Rio de Janeiro, que recebe 31 filmes com a nossa marca.

Ao ler a bela reportagem de Alexandra Lucas Coelho, a propósito do, "Cisne",  filme de Teresa Villaverde, fico satisfeito por os brasileiros terem aparecido e questionarem a realizadora, de uma forma aberta e espontânea.

Não gosto de todo o cinema português, mas gosto de uma boa parte dele, assim como dos seus realizadores, que quase que têm de fazer o pino todos os dias, para conseguirem acabar um filme e depois levá-lo às salas de cinema.

Gostei que a Teresa respondesse que: «o cinema é muito mais que um fio narrativo, é tempo, silêncio, imagem, som, está mais próximo da poesia, ou devia estar.»

Ainda bem que estão a dar um bom exemplo do que se faz em Portugal, numa altura em a Cultura em geral e o cinema em particular, recebem cada vez menos apoios...

O óleo é de Siegfried Zademack.

terça-feira, outubro 02, 2012

Ver Muito Mundo


As pessoas com mais idade têm quase sempre uma vantagem sobre nós, já "viram muito mundo" e são capazes de antecipar vários acontecimentos, sem fingirem que são prestidigitadores.

Além disso, têm uma maneira diferente de olhar as modas, especialmente se forem coisas que acham do "outro mundo".

Deixam-me quase sempre a sorrir. O Carlos então é óptimo nisso.

A sua última saída foi a constatação que muitas mulheres saem hoje para a rua com as antigas combinações que se usavam por cima da lingerie. Sem deixar de acrescentar que são um regalo para a vista.

O óleo é de Marie Fox.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Dia de Músicas e Danças


Hoje é o Dia Mundial da Música.


Pode-se e deve-se ouvir, tocar e dançar, seguindo o exemplo feliz deste quadro de J. B. Durão, que até consegue pôr Lisboa a bailar, dos eléctricos aos monumentos, sem esquecer as barcas do Tejo.

O primeiro óleo, quase filarmónico, é de Isabel de Frias.